ANIMAIS E RECINTOS

Conheça os Animais da Sala da Vida

Compreender as mais variadas formas de vida existentes em nosso planeta e como acontecem as relações nos ecossistemas é algo fascinante!

O ser humano tem o desejo de conhecer e conviver com os demais seres vivos e sabe da importância disso para sua própria sobrevivência na Terra.

Na Sala da Vida, uma área do centro de ciências SABINA, a viagem pelo conhecimento é programada para permitir uma visão rápida, porém deslumbrante, da diversidade atual e do passado e a posição a interdependência da espécie humana.

Conheça os recintos da Sala da Vida e os animais que vivem neles!

tartaruga-verde
tartaruga-verde
tubarão-lixa
tubarão-lixa
moréia-verde
moréia-verde
moréia-pintada
moréia-pintada
raia-ticonha
raia-ticonha
rêmora
rêmora
garoupa-verdadeira
garoupa-verdadeira
pinguim-de-magalhães
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jibóia-do-cerrado
jibóia-do-cerrado
peixe-palhaço
peixe-palhaço
cirurgião-patela
cirurgião-patela

Tanque Oceânico

tartaruga-verde

Ordem: Testudinata
Família: Cheloniidae
Nome popular: tartaruga-verde ou tartaruga-aruanã
Nome científico: Chelonia mydas
Distribuição Geográfica: Espécie cosmopolita encontrada em águas tropicais e subtropicais em todo o planeta
Habitat: Áreas costeiras ou próximas a ilhas oceânicas
Hábitos alimentares: Quando juvenis são onívoras e quando adultas são herbívoras
Reprodução: Constroem ninhos onde as fêmeas podem depositar, em média, 120 ovos.
Expectativa de vida: 75 anos
Status de conservação: Em perigo (IUCN) / Vulnerável (MMA)

A tartaruga verde (Chelonia mydas) é uma das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil. Ela pode ter até 143cm de comprimento curvilíneo de carapaça e pesar cerca de 160 kg. O seu casco ou carapaça possui quatro pares de placas laterais de cor verde ou verde-acinzentado escuro, daí seu nome popular, e cor marrom quando são juvenis.

As tartarugas marinhas apresentam um ciclo de vida complexo, utilizando diferentes ambientes ao longo da vida, o que implica em mudança de hábitos. E embora sejam marinhas, utilizam o ambiente terrestre (praia) para desova, garantindo o local adequado à incubação dos ovos e o nascimento dos filhotes.

Ao nascerem, os filhotes vão em direção ao alto-mar, onde atingem zonas de convergência de correntes que formam grandes aglomerados de algas e matéria orgânica flutuante. Nessas áreas, os filhotes encontram alimento e proteção.

A espécie se torna adulta entre os 20 e 30 anos e a partir daí, passam a viver em áreas de alimentação, de onde saem apenas na época da reprodução, quando migram para as praias onde nasceram.

A época de desova é controlada principalmente pela temperatura, ocorrendo nos períodos mais quentes do ano. No litoral brasileiro, acontece entre setembro e março. Somente a tartaruga verde tem registros de desova nas ilhas oceânicas entre os meses de dezembro e junho.

 De cada mil filhotes que nascem somente um ou dois conseguem atingir a maturidade, pois são inúmeros os obstáculos que enfrentam para sobreviver, mesmo quando se tornam juvenis e adultos. 

 Além dos predadores naturais, as ações do homem estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, destacando: a pesca incidental, na costa com redes de espera, e em alto mar com anzóis e redes de deriva; a fotopoluição, ou seja, o excesso de luz artificial que deixam os filhotes desorientados; o trânsito de veículos nas praias de desova; a destruição do habitat para desova pela ocupação desordenada do litoral; a poluição dos oceanos e as mudanças climáticas.

As tartarugas marinhas desempenham um importante papel ecológico nos ambientes onde ocorrem. São fonte de alimento para predadores marinhos e terrestres, são importantes consumidores de organismos marinhos e também servem como substrato para outras espécies.

Por serem animais migratórios, as tartarugas se deslocam desde os trópicos até as regiões subpolares, transferindo energia entre ambientes marinhos e terrestres. Sendo consideradas “engenheiras do ecossistema”, devido a sua influência e ação sobre os recifes de coral, bancos de grama marinha e substratos arenosos do fundo oceânico.

 Como presas, as tartarugas marinhas fazem parte da dieta de vários animais (raposas, formigas, lagartos, falcões, abutres, gaivotas, fragatas, polvos, peixes, orcas, focas, crocodilos, onças entre outros) e os seus ovos também podem ser consumidos por raízes de plantas nas praias de desova. Como consumidores, atingem diversos níveis na cadeia alimentar. Exercem controle das populações de esponjas, medusas, algas e grama marinha, entre outras. 

Esses animais representam a perpetuação da vida ao longo de mais de 100 milhões de anos, contribuindo para a vida de outras espécies e, por consequência, a do homem.

tubarão-lixa

Ordem: Orectolobifornes
Família: Ginglymostomatidae
Nome popular: tubarão-lixa, tubarão-enfermeiro.
Nome científico: Ginglymostoma cirratum
Distribuição Geográfica: Oceano Atlântico
Hábitos alimentares: Alimenta-se de invertebrados de fundo como lagostas, camarões, caranguejos, ouriços-do-mar, lulas, polvos, caracóis e bivalves, e peixes como bagres, salmonetes e arraias.
Reprodução: Vivípara aplacentária com 21 a 28 filhotes em uma ninhada
Expectativa de vida: 25 anos
Habitat: Ambiente raso e próximo ao fundo, em fundos arenosos e rochosos, em áreas tropicais e subtropicais do Atlântico.
Status de conservação: Vulnerável (IUCN)
Avaliação global IUCN – Dados insuficientes DD

O tubarão lixa (Ginglymostoma cirratum)  é um tubarão que passa boa parte do tempo parado devido sua capacidade de bombear a água por suas brânquias para respirar. Dessa forma, aumenta sua atividade apenas à noite quando está a procura de alguma presa para se alimentar. 

Para localizar suas presas, utilizam o olfato, a linha lateral e as ampolas de Lorenzini, órgãos sensoriais especializados que detectam os movimentos. Além disso, o tubarão lixa tem dois barbilhões próximos à boca que sentem a vibração e os movimentos das presas que se enterram na areia do fundo dos mares.

Esses animais habitam águas costeiras tropicais e subtropicais de até 130m de profundidade. Normalmente são encontrados em grupos repousando em recifes de corais e recifes rochosos, mas também são encontrados em manguezais e bancos de areia.

No Brasil a espécie é classificada como Vulnerável pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), sendo extinta em algumas localidades como no estado do Rio de Janeiro. Essa vulnerabilidade deve-se à pesca e à destruição do habitat, principalmente das áreas recifais. Hoje é uma das espécies do acordo de cooperação técnica entre a Associação dos Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) e o ICMBio, para a conservação de 25 espécies ameaçadas.

moréia-verde

Ordem: Anguilliformes
Família: Muraenidae
Nome popular: moréia-verde
Nome científico: Gymnothorax funebris
Distribuição Geográfica: Ocorre no Oceano Atlântico, de Nova  (USA) as Bermudas e ao norte do Golfo do México ao Sul do Brasil. 
Hábitos alimentares: Alimenta-se de peixes, caranguejos, cefalópodes e camarões
Reprodução: Ovíparos
Expectativa de vida: FALTA INFORMAÇÃO
Habitat: Associada a costões rochosos, recifes de corais e manguezais.
Status de conservação: Menos preocupante (IUCN)

As moreias verdes (Gymnothorax funebris) têm em média 1,8m de comprimento e 13 quilos, mas podem chegar até 2,5 m e 29 quilos. São animais que possuem o corpo alongado, não possuem nadadeiras pélvicas e peitorais, apenas nadadeiras dorsais e caudais e apresentam uma pele grossa sem escamas cobertas por uma camada de muco amarelo/esverdeado que protege o animal de parasitas e doenças. E é esse muco o responsável por conferir o tom verde que dá o nome popular à espécie.

Para respirar elas abrem e fecham a boca constantemente, bombeando a água que passa pelas brânquias e sai pelas fendas branquiais. Essas fendas são pequenas já que a demanda de oxigênio é baixa, uma vez que as moreias são peixes pouco ativos.

É um animal de hábitos noturnos e solitários, ou seja, se esconde durante o dia em fendas de rochas e procura por alimentos durante a noite. Utilizam principalmente o olfato para localizar suas presas e possuem uma dentição especializada para a caça. Os dentes são grandes, afiados e bem visíveis quando abrem as mandíbulas. A mandíbula superior possui duas fileiras de dentes e a inferior uma única fileira, essa disposição auxilia na captura do animal.

De acordo com a IUCN, a espécie é classificada como pouco preocupante.

moréia-pintada

Ordem: Anguilliformes
Família: Muraenidae
Nome popular: moreia-pintada
Nome científico: Gymnothorax moringa
Distribuição Geográfica: 
Hábitos alimentares: alimenta-se de peixes e crustáceos 
Reprodução:
Expectativa de vida:
Habitat: Abundante em áreas rasas rochosas e gramíneas e em recifes de corais
Status de conservação: Menos preocupante (LC) –  (IUCN)

raia-ticonha

Ordem: Myliobatiformes
Família: Rhinopteridae
Nome popular: raia-ticonha
Nome científico: Rhinoptera bonasus
Distribuição Geográfica: Costa tropical e temperada (apenas em regiões de água mais quente) do Oceano Atlântico.
Hábitos alimentares: Moluscos e crustáceos
Reprodução: Vivíparas aplacentárias
Expectativa de vida: 18 anos
Habitat:  águas tropicais e quentes, mares temperados e estuários.
Status de conservação: Vulnerável (IUCN)

A raia-ticonha (Rhinoptera bonasus) é um peixe cartilaginoso  gregário, ou seja, que forma grandes grupos.  

A espécie  ocorre desde as faixas do sul da Nova Inglaterra até o sul do Brasil no Atlântico Ocidental, bem como todo o Golfo do México e Cuba. São frequentemente encontrados em regiões próximas ao continente onde se alimentam principalmente de moluscos bivalves e crustáceos.

 

 O tempo de vida desses animais varia de 16 a 18 anos, sendo que a fase da vida  em que pode se reproduzir é alcançada quando tem entre 4 e 5 anos, com tempo de gestação de 11 a 12 meses, resultando no nascimento de apenas um filhote. 

 

Assim como outros animais do seu grupo, as raias ticonhas apresentam uma maturação sexual tardia, baixa fecundidade e crescimento lento. Estas características reforçam a importância do registro de reprodução em cativeiro, para ampliação do conhecimento sobre a espécie e desenvolvimento de programas de reprodução.

 

Segundo a IUCN, a raia-ticonha encontra-se listada na categoria de vulnerável mundialmente. No Brasil, a raia-ticonha não foi incluída na lista as espécies de peixes ameaçadas de extinção (divididas em três categorias: criticamente em perigo, em perigo e vulneráveis), tendo sua captura proibida até que se desenvolva um plano de ordenamento pesqueiro que garanta a sustentabilidade desta atividade pesqueira. Dada a restrita quantidade de informações sobre o gênero Rhinoptera, a única espécie incluída foi Rhinoptera brasiliensis.

rêmora

Ordem: Perciformes
Família: Echeneidae
Nome popular: remora
Nome científico: Echeneis naucrates
Distribuição geográfica: 
Habitat:
Hábitos alimentares:
Reprodução:
Expectativa de vida:
Status de Conservação:

A rêmora é encontrada na costa, bem como no mar, em águas tropicais e temperadas  quentes,  a uma profundidade de 20 a 50 metros. Embora seja bem conhecida por se ligar a uma variedade de animais hospedeiros e às vezes até navios, a rêmora é frequentemente observada em grupos em grupos de natação livre sobre recifes de corais rasos.

Esta espécie depende de seus hospedeiros para a sobrevivência, pois são nadadores ruins e não possuem bexiga natatória. Eles se fixam ao hospedeiro no início de suas vidas com uma nadadeira dorsal modificada que é usada como disco de sucção. Os sugadores desses animais geralmente se prendem ao corpo ou à região das brânquias do animal hospedeiro.

 Esse disco de sucção tem o  formato oval e consiste de 16 a 28 lâminas e é posicionado do topo da cabeça à porção anterior do corpo.

Como dito antes, as rêmoras, se ligam a uma variedade de animais hospedeiros, incluindo tubarões, raias, grandes peixes ósseos, tartarugas marinhas, baleias, golfinhos e, às vezes, até navios. Durante esse tempo de fixação, elas se alimentam de restos de comida do hospedeiro, bem como de pequenos crustáceos parasitas da pele do hospedeiro. Essa dieta é complementada com crustáceos de vida livre, caranguejos, lulas e peixes pequenos. As rêmoras juvenis, às vezes agem como limpadores de peixe

A desova ocorre durante os meses de primavera e verão em quase toda a sua extensão e durante os meses de outono no mar mediterrâneo. Os ovos são fertilizados externamente, seguidos de um invólucro por uma casca dura, que os protege de danos e dessecação. Esses ovos pelágicos são grandes e de formato esférico. Quando os embriões eclodem, cada um mede de 47 a 75 cm de comprimento. Esses peixes jovens têm um grande saco vitelino, olhos não pigmentados e um corpo incompletamente desenvolvido. Durante o desenvolvimento dos peixes recém nascidos, o disco sugador começa a se formar.

garoupa-verdadeira

Ordem: Perciformes 
Família: Epinephelidae 
Nome popular: garoupa-verdadeira, escorrega, garopeta
Nome científico: Epinephelus marginatus
Distribuição geográfica: Atlântico oriental desde as Ilhas Britânicas até a África do Sul, Mar Mediterrâneo, ilhas da Micronésia e oeste do Oceano Índico, em volta da ponta sul da África, exceto para a Namíbia, a sul de Moçambique. No Atlântico ocidental, ocorre do sudeste do Brasil (Espírito Santo) ao norte da Patagônia. No litoral brasileiro é encontrada principalmente em recifes rochosos até 209 m.
Habitat:
Hábitos alimentares:
Reprodução:
Expectativa de vida:
Status de Conservação: Vulnerável (VU)

Pinguinário

pinguim-de-magalhães

Ordem: Spheniciforme
Família: Sphenicidae
Nome popular: pinguim-de-magalhães
Nome científico: Spheniscus magellanicus
Distribuição Geográfica: Costa do Chile no Pacífico e Costa da Argentina, Uruguai e Brasil no Atlântico.
Hábitos alimentares: Peixes, lulas, krill e outros crustáceos.
Reprodução: Constroem ninhos e depositam um ou dois ovos que eclodem de 40 a 42 dias
Período de vida: 25 anos
Habitat: Alimentam-se nos oceanos e se reproduzem em uma variedade de ilhas e habitats costeiros
Status de conservação: Quase ameaçada (IUCN)

Os pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) são aves marinhas, que não voam. Esses animais têm em média 70 centímetros de altura, podem pesar até 5 quilogramas (kg) e são comumente identificados por um colar de penas brancas no pescoço coberto de penas pretas.

    A espécie é característica da costa da Argentina, Chile, Uruguai, Ilhas Malvinas e também do Sul do Brasil. Diferente de algumas espécies de pinguim, essa não habita no gelo, vivendo normalmente em temperaturas mais amenas.

 Por serem animais que apresentam uma vida quase que exclusivamente marinha, os pinguins possuem inúmeras adaptações para o ambiente em que vivem. As asas, por exemplo, têm formato de remos, o que facilita o nado. A cauda curta atua como um leme para manobras no mar e, por ser localizada logo atrás das pernas, colabora com a propulsão e favorece a hidrodinâmica. Embora em terra, essa adaptação dê a eles uma posição vertical, tornando a caminhada um pouco mais difícil.

 Além disso, o arranjo entrelaçado das penas prende uma camada de ar que funciona como um isolante de temperatura e facilita a flutuabilidade. Também os torna à “prova d’água”, pois evita que a água fria passe pela plumagem e alcance a pele, quando entram no mar.

Possuem também uma glândula localizada no final da cauda, denominada glândula uropigiana, a qual produz uma substância oleosa que é distribuída com o bico ao longo de todo o corpo e auxilia na impermeabilização das penas.

Todas essas adaptações fazem dos Pinguins-de-Magalhães ótimos nadadores podendo atingir até 40 km/h e mergulhar até os 100 metros de profundidade onde pescam seu alimento. A dieta dos animais é composta em sua maioria por peixes, como sardinhas, anchovas e pescada, além de lulas e outros crustáceos que encontram quando saem para caçar em pequenos bandos de 5 a 10 indivíduos.

 Atualmente a espécie é classificada pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como quase ameaçada de extinção, com uma tendência atual de diminuição para as populações e tem como principal ameaça os derramamentos de petróleo e outros poluentes, além da pesca predatória de espécies peixes importantes da dieta destes dos pinguins e também as mudanças climáticas.

Terrário do Cerrado e Serpentário

jiboia-do-cerrado

Ordem: Squamata
Família: Boidae
Nome popular: jiboia-do-cerrado e jiboia-cinzenta
Nome científico: Boa constrictor amarali
Distribuição Geográfica: Encontrada do México ao Norte da Argentina. No Brasil, está localizada nas regiões sul, sudeste e centro oeste do país
Hábitos alimentares: Roedores, aves e lagartos.
Reprodução: vivíparas, podendo gerar de 12 a 50 filhotes.
Período de vida: 25 anos
Habitat: Ambientes abertos e secos, como caatingas, restingas, matas secundárias, cerrados e campos, mas também são encontradas em florestas. 
Status de conservação: Não Ameaçado

 

A jiboia do cerrado é uma serpente de médio a grande porte, que pode atingir até 3 metros de comprimento. Possui a coloração mais escura, sendo um pouco mais acinzentada e a cauda contém partes avermelhadas.

Possui dentição do tipo áglifa, ou seja, não apresenta presas inoculadoras de veneno e sua alimentação é feita sob constrição.

São animais de hábitos terrícola e arborícola, preferencialmente crepuscular e noturno, mas também podem ser encontrados em atividade durante o dia. 

É uma espécie pacífica, que não costuma atacar o homem e foge de aproximação. Como defesa, podem escancarar a boca e emitir um chiado forte de maneira agressiva ou desferir botes.

Aquário Recife de Corais

peixe-palhaço

Ordem: Perciformes
Família: Pomacentridae
Nome popular: peixe-palhaço
Nome científico: Amphiprion ocellaris
Distribuição Geográfica: Oceanos Índico e Pacífico Ocidental
Hábitos alimentares: Zooplâncton, pequenos crustáceos (copépodes) e algas.
Reprodução: Ovíparos
Período de vida:
Habitat: Marinho, associado ao recife, não migratório; intervalo de profundidade 1 – 15 m, geralmente 3 – 15 m.
Status de conservação:

Existem mais de 30 espécies de peixes-palhaço no mundo, sendo que a mais conhecida delas é a Amphiprion ocellaris, que é a espécie do filme “Procurando Nemo”. Dentre essas 30 espécies, os peixes podem apresentar variadas cores e padrões de listras. Os peixes-palhaço vivem em grupos no meio das anêmonas. As anêmonas são invertebrados que liberam substâncias altamente tóxicas para peixes e crustáceos. Contudo, há 10 espécies de anêmonas cujas toxinas não afetam os peixes-palhaço, pois eles possuem uma camada de muco que os protege. Esses peixes possuem uma relação de troca com as anêmonas. Eles vivem entre elas, onde ficam protegidos dos predadores, enquanto as anêmonas se alimentam dos restos de alimentos deixados pelos peixes-palhaço.

Os casais de peixes-palhaço passam a vida toda juntos, morando na mesma anêmona. Todos os peixes-palhaço nascem machos, mas quando uma fêmea do grupo morre, podem eventualmente mudar de sexo. Para garantir a preservação da espécie, as glândulas do corpo do peixe passam a trabalhar de forma diferente e o animal troca de sexo. Quando isto acontece, a fêmea passa a dominar um grupo de machos.

 

Os adultos habitam os recifes de coral, onde vivem entre os tentáculos venenosos de grandes anêmonas do mar. Ocorre em lagoas rasas e calmas. São hermafroditas protândricos . O par distinto é monogâmico. Emparelhamento distinto e ovíparo durante a reprodução. Os ovos são demersais e aderem ao substrato. Os machos protegem e arejam os ovos . 

A alta demanda por peixes palhaços no comércio de aquários reduziu o tamanho da população em alguns locais, deixando as populações locais abertas à exploração e outras ameaças. A espécie não é classificada como ameaçada ou em perigo, no entanto, conforme as ameaças aos recifes de coral aumentam, os peixes podem enfrentar a degradação do habitat e possivelmente ser ameaçados no futuro. Os recifes de corais enfrentam muitos problemas, incluindo sedimentação, eutrofização, exploração de recursos e possíveis aumentos de temperatura do mar devido ao aquecimento global.

cirurgião-patela

Ordem: Perciformes
Família: Acanthuridae
Nome popular: cirurgião-patela
Nome científico: Paracanthurus hepatus
Distribuição Geográfica: Oceano Índico e Pacífico
Habitat: Recife de corais
Hábitos alimentares:
Reprodução:
Período de vida: 30 anos em vida livre
Status de conservação: Menos preocupante

Os cirurgiões-patela são diferenciados por sua cor azul brilhante, corpos ovais e amarelos, caudas em forma de bandeira e nadadeiras peitorais amarelas. Já os adultos possuem uma linha estreita na cor azul escuro ao longo de sua nadadeira dorsal que curva de volta na cauda. Sua semelhança com o numeral 6 dá à espécie um dos seus nomes descritivos.

É normal a mudança de coloração nessa espécie. Apesar de no filme “Procurando Dory” a pequena Dory ser azul com uma cauda amarela, na vida real, os peixes jovens possuem uma cor amarela brilhante, com manchas azuis em seus olhos e nadadeiras. Conforme vão crescendo, seus corpos se tornam azulados.

O cirurgião-paleta possui uma espinha afiada e venenosa na base da sua nadadeira caudal, para se proteger de predadores. Essa formação possui uma toxina que pode causar dor intensa em pequenos predadores, assim como em seres humanos. Um adulto pesa normalmente cerca de 600 gramas e possuem de 12 a 38 centímetros de comprimento, onde geralmente os machos são maiores do que as fêmeas.

É mais comum encontrar essa espécie no Oceano Pacífico, porém também podem ser vistos no Oceano Índico. Esses animais se escondem nos ramos de proteção e moram em recifes de corais. 

Com uma alimentação baseada em algas, estes peixes usam seus pequenos e afiados dentes para manter os corais limpos. Eles são fundamentais para o ciclo de vida dos recifes de corais, pois comem o excesso de algas, impedindo a morte dos corais.

Considerados animais sociais, esses peixes normalmente são encontrados em pares ou em pequenos grupos. Outras vezes, formam aglomerados com 10 a 12 membros. Eles incluem espécies diferentes em seus grupos. Quando confrontados com um predador, eles se fingem de mortos, permanecendo imóveis até o predador passar por eles. Os machos algumas vezes se atacam de maneira agressiva, lutando com suas espinhas caudais. Pois agindo dessa maneira eles alcançam uma posição dominante e conquistam mais espaço. 

Quando é hora de reproduzir, eles se reúnem em grupos. As fêmeas expelem seus ovos na água acima do coral, os machos expelem esperma, e a fertilização ocorre externamente. Cerca de 40.000 ovos são expulsos por sessão de desova. Após o processo, os pais continuam a nadar sem grandes preocupações.

Os ovos fertilizados são lançados e cerca de 26 horas após a fertilização, os ovos eclodem e vivem na sopa até o momento em que atingem a juventude. Nesse ponto, eles se concentram em um habitat de coral, para completar a nova fase. Os filhotes são chamados de larvas após essa fase. A maturidade é medida através do tamanho e não pela idade. Os machos são considerados maduros quando chegam a 11 cm de comprimento, já as fêmeas, quando ficam com 13 cm de comprimento.